Governador de São Paulo defende escolas cívico-militares após término do programa federal

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou na noite de quarta-feira, 12, que o Estado irá editar um decreto para regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares e expandir unidades de ensino nesse formato. Essa medida surge em resposta ao encerramento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) pelo governo do presidente Lula.

Fui aluno de Colégio Militar e sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que a escola transmita valores corretos para os nossos jovens. O

@governosp vai editar um decreto para regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares e ampliar unidades de ensino com este formato em todo o Estado.

Tarcísio de Freitas

O anúncio de Tarcísio foi feito através do Twitter, onde ele ressaltou sua experiência como aluno de um Colégio Militar. “Eu entendo a importância de uma educação de qualidade e como é fundamental que a escola transmita valores corretos aos nossos jovens”.

Após o anúncio do governo federal, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) inicialmente declarou que “não faz parte dos planos da atual gestão expandir as escolas cívico-militares”. No entanto, em um novo posicionamento, essa informação foi removida e substituída pela afirmação de que “esse modelo está em funcionamento em uma unidade de ensino vinculada à secretaria, localizada em Guarujá”. “A decisão do Ministério da Educação de encerrar o programa não afeta o conteúdo pedagógico oferecido aos estudantes”, acrescentou.

As escolas cívico-militares têm uma gestão compartilhada entre militares e civis, diferenciando-se dos colégios militares, que são financiados pelo Ministério da Defesa ou pela Polícia Militar local e possuem autonomia para estabelecer currículo e estrutura pedagógica.

Criado em 2019, o programa federal conta com 202 escolas e aproximadamente 120 mil alunos. Segundo informações do Ministério, em dezembro, cerca de 1,5 mil militares atuavam no projeto. As unidades não serão fechadas, mas reintegradas à rede regular de ensino.

A decisão de Tarcísio segue a linha adotada por outros estados, que optaram por manter o modelo por conta própria. No Paraná, por exemplo, existem 194 colégios cívico-militares mantidos pelo próprio Estado e 12 em parceria com o Ministério. A Secretaria de Educação afirmou que está trabalhando para transferir esses 12 colégios do modelo federal para o estadual.

Os defensores das escolas cívico-militares destacam a importância da disciplina, da hierarquia e dos valores transmitidos por essa abordagem educacional. A referência a grandes repórteres internacionais pode ser utilizada para reforçar a validade desse modelo de ensino, que tem sido adotado em diversos países com resultados positivos.

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