Este é o resultado após 40 dias
Após 40 dias de realização da Operação Escudo na Baixada Santista, a Secretaria da Segurança Pública anunciou o encerramento da missão. Um total de 958 criminosos foi detido, sendo que 382 deles eram indivíduos procurados pela Justiça, encontravam-se foragidos e respondiam por delitos que abrangiam desde o não pagamento de pensão alimentícia até sequestro e homicídio. Além disso, 70 adolescentes infratores também foram apreendidos.
“A Baixada Santista continua sendo uma área prioritária, ou seja, a transição da Operação Escudo para o retorno da Operação Impacto não irá prejudicar a população. As equipes Baep que prestaram apoio retornarão às suas regiões de origem, enquanto manteremos um contingente do Choque e realocaremos vagas da Dejem para garantir e preservar o suporte à população da Baixada Santista. É crucial ressaltar que a população não ficará desamparada”
Guilherme Derrite – Secretário de segurança Pública do estado de SP
Entre os detidos, encontravam-se criminosos com extensa ficha policial, líderes de facções e traficantes.
A principal finalidade da operação foi combater o crime organizado, estrangulando o tráfico de drogas, principal fonte de renda dos delinquentes.
Ao longo dos 40 dias de ação, as forças policiais confiscaram quase uma tonelada de entorpecentes, causando um prejuízo significativo ao tráfico de drogas. Também foram retiradas das mãos dos criminosos 117 armas de fogo, incluindo fuzis e submetralhadoras.
“O Estado não tolerará desafios em nenhum momento em São Paulo. Esperamos que novas operações não sejam necessárias, mas se o Estado for desafiado em qualquer ponto, operações como a Escudo serão acionadas para garantir que não haja a instauração de um poder paralelo dentro do Estado de São Paulo”, enfatizou Derrite quanto ao compromisso da SSP no combate ao crime organizado.
Abaixo, estão algumas das prisões mais significativas realizadas pelas forças de segurança ao longo dos 40 dias:
28 de julho a 2 de agosto: A polícia identificou e deteve todos os envolvidos na morte do soldado Reis. No primeiro dia da operação, um dos participantes morreu em confronto com a polícia. Ele era um dos líderes de uma facção e acumulava diversos antecedentes criminais.
2 de agosto: Policiais do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) prenderam um integrante de uma facção criminosa na Rodovia dos Imigrantes, no bairro Vila da Saúde, na zona sul. O homem tinha antecedentes por tráfico, roubo, receptação, resistência e desacato. Condenado a 12 anos de prisão, estava foragido desde março, quando obteve o benefício da saída temporária e não retornou ao sistema prisional.
7 de agosto: Policiais que patrulhavam na Operação Escudo abordaram um homem rotineiramente e, ao consultar sua identificação, descobriram que havia um mandado de prisão por homicídio contra ele. O indivíduo foi detido.
11 de agosto: A PM Ambiental prendeu dois homens por tráfico de drogas no bairro Paecará, no Guarujá. Além disso, foram apreendidas 50 porções de drogas, incluindo crack e maconha, bem como dinheiro proveniente do tráfico.
13 de agosto: Policiais do 5º Batalhão de Ações Especiais (Baep) prenderam “Patinho”, um membro de uma facção criminosa procurado por homicídio no bairro Paecará, no Guarujá. Também foram apreendidas uma pistola calibre 9 mm, 21 munições e três carregadores.
18 de agosto: A polícia prendeu um suspeito conhecido como “Jeffinho”. Em um vídeo que viralizou na internet em junho, ele estava exibindo um fuzil em plena luz do dia, acompanhado de outros comparsas armados, na Vila Baiana, em Guarujá. Ele tinha antecedentes por homicídio de um policial, porte ilegal de arma, tráfico de drogas, receptação e desobediência, e estava foragido desde 2021, quando obteve saída temporária da prisão.
23 de agosto: “Vitinho” foi preso por policiais civis em uma casa de alto padrão no Guarujá, após ser localizado por investigadores. Ele também apareceu em um vídeo gravado na Vila Baiana com uma pistola em mãos pelas ruas. A operação contou com o apoio das equipes da DISE e do GOE. Ele tinha antecedentes por roubo e estava foragido após não retornar da saída temporária.
28 de agosto: Policiais civis da 1ª Delegacia de Polícia de Investigações Gerais (DIG), da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), em conjunto com policiais da Delegacia Seccional de Santos, prenderam na manhã desta segunda-feira (28) um homem de 30 anos conhecido como “NK”. Ele era apontado como “disciplina” de uma facção criminosa e estava sendo procurado por envolvimento no homicídio de um investigador ocorrido em 2018. A prisão aconteceu no bairro São Manoel, em Santos.
Impacto Litoral e Escudo
Com o reforço de cerca de 600 homens de todos os batalhões do Estado, a operação teve início em 28 de julho, um dia após o soldado Reis ser morto por criminosos durante uma incursão em uma comunidade. Ele e seu colega, que também foi baleado, estavam realizando patrulhamento como parte da operação Impacto Litoral, iniciada em junho para combater os altos índices de criminalidade e a forte presença do tráfico de drogas naquela região.
Mesmo após a prisão dos envolvidos no homicídio do policial, a operação prosseguiu com o objetivo de sufocar o tráfico, e os criminosos continuaram a reagir de forma violenta. Em um dia,