O Governo de São Paulo marca um avanço significativo na transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável com a inauguração da maior usina solar flutuante do país. Na última quarta-feira (17), o governador Tarcísio de Freitas presidiu a entrega da primeira etapa da Usina Fotovoltaica Flutuante (UFF Araucária) na represa Billings, na capital. Com um investimento inicial de R$ 30 milhões e 10,5 mil placas solares sobre a lâmina d’água, a planta tem a capacidade notável de gerar até 10 GWh por ano, equivalente ao consumo de 4 mil residências.
Uma Inovação Estratégica para São Paulo
O projeto inovador destaca-se ao utilizar o extenso espelho d’água da represa para gerar energia limpa de maneira comercialmente viável. O governador Tarcísio de Freitas destaca a importância desse marco ao afirmar que é um exemplo a ser seguido, ressaltando o compromisso do estado com uma política energética sustentável.
A cerimônia de inauguração contou com a presença de figuras-chave, como a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, os presidentes da Assembleia Legislativa do Estado, André do Prado, e da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite, além do prefeito da capital, Ricardo Nunes. Autoridades estaduais, municipais e gestores da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) também participaram do evento.
Desenvolvimento Sustentável em Foco
A Usina Fotovoltaica Flutuante é um dos principais projetos de energia sustentável em São Paulo, coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. A conclusão está programada para o final de 2025, com a entrega adicional de 75 MW de energia renovável e um investimento total de R$ 450 milhões.
Natália Resende destaca o papel crucial da usina na concretização dos objetivos do estado em relação à energia limpa, transição energética e descarbonização. O plano de energia de São Paulo, estendendo-se até 2050, prospectou mais de R$ 20 bilhões em projetos de energia no último ano, promovendo a economia circular e a sustentabilidade.
Detalhes Técnicos da Usina
A usina apresenta uma potência instalada de 7 MW pico, com 5 MW de potência de conexão e painéis fotovoltaicos montados sobre flutuadores de polietileno de alta densidade. A geração de energia iniciará imediatamente após a emissão da licença de operação pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Esta planta será a maior do país a operar na modalidade de Geração Distribuída, com geradores localizados próximos aos centros de consumo. A produção será compensada no consumo de energia elétrica dos clientes da usina, promovendo a sustentabilidade de forma tangível.
Impacto Positivo na Economia e Meio Ambiente
Em apenas dois meses, a implementação da usina gerou cerca de 200 empregos diretos e contribuiu para o fortalecimento do setor fotovoltaico sobre lâminas d’água. O espaço ocupado pela usina na superfície da represa é inferior a 0,1% da área total da Billings, minimizando o impacto ambiental.
Márcio Rea, diretor-presidente da Emae, ressalta a grandiosidade do projeto, evidenciando que a primeira fase gerou 80 empregos diretos e aproximadamente 120 empregos indiretos. O engajamento para os próximos dois anos é notável, com a instalação de mais plantas em pauta.