A agência de classificação de risco global Fitch Ratings elevou o rating do estado de São Paulo de “BB-” para “BB” – com uma Perspectiva Estável – no decorrer desta terça-feira (1).
O rating aprimorado corresponde ao IDR (“Issuer Default Ratings” ou Classificação de Risco de Inadimplência do Emissor). Ainda que essa avaliação não conceda o selo de grau de investimento, ela aponta para a notável qualidade de crédito do estado e a sua habilidade em cumprir suas obrigações financeiras.
Segundo a Fitch, um dos fatores que contribuíram para essa melhoria foi o seu PCI (Perfil de Crédito Individual), influenciado pelas condições de sua dívida junto à União (a principal credora do estado de São Paulo), que se mostraram “mais flexíveis em comparação com as características de uma dívida convencional”. Dívidas de caráter mais “saúdavel” conferem uma maior capacidade de pagamento, resultando, consequentemente, em uma melhora no índice de inadimplência.
A nota da agência também realça que o Perfil de Crédito Individual do Estado de São Paulo é indicativo de um nível de risco “médio-baixo”, sustentabilidade da dívida avaliada como “A”, além de uma comparação com pares tanto nacionais quanto internacionais. As classificações abrangem uma escala que varia de “AAA” a “D”.
Na análise anterior, datada de junho, a agência havia destacado alguns aspectos favoráveis relacionados à economia do estado de São Paulo. Isso incluiu a “implementação de uma alíquota ad rem (valor fixo por litro) sobre combustíveis e a reversão parcial das perdas de arrecadação no setor elétrico”, que “contribuíram para o aumento na arrecadação durante os meses de maio e junho, sinalizando uma recuperação no segundo semestre de 2023 e 2024”.
No comunicado, a Fitch também expressou uma opinião positiva sobre a “Solidez das Receitas” do estado, destacando a “notável autonomia fiscal e uma taxa de transferência reduzida”. A agência observou que o estado demonstrou um “controle moderado no crescimento das despesas, juntamente com margens operacionais robustas, cumprindo com as obrigações salariais pontualmente e mantendo um histórico de pagamentos aos fornecedores sem atrasos significativos”. Ademais, de acordo com a análise da agência, ao longo dos últimos quatro anos (2018 a 2022), as receitas operacionais superaram as despesas operacionais.